segunda-feira, 13 de julho de 2009

Holocausto


O COTIDIANO DOS JUDEUS NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO PERÍODO QUE COMPREENDE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL



Por volta de 1933, os nazistas alemães instalaram campos de concentração em todas as cidades alemãs que tinham certa importância. Esses primeiros campos localizavam-se principalmente em porões de edifícios e em fábricas e muitos tiveram uma existência pouco duradoura, dificultando a exatidão em relação à quantidade de campos de concentração existentes.
Os alemães foram os responsáveis pela prática ao limite do horror sistemático nos campos de concentração. Em 1942, o curso da Segunda Guerra Mundial obrigaria a Alemanha a rever a finalidade dos campos de concentração. A União Soviética estava em plena contra-ofensiva e os Estados Unidos haviam entrado nos conflitos ao lado dos aliados.
Em seu plano de defesa, a Alemanha precisava ampliar seu exército e desenvolver sua indústria bélica. Era aí que entrava o papel dos campos de concentração. Os nazistas passaram a tirar dos prisioneiros o máximo proveito, para depois seguir exterminando-os.
A mão-de-obra forçada passava a ser utilizada cada vez mais para a produção de armamentos. O objetivo final dos campos não havia mudado, mas agora a morte iria ser provocada principalmente pelo esgotamento das forças dos prisioneiros. Antes dos conflitos e ao longo da Segunda Guerra Mundial, foram enviados aos campos milhares de judeus e grandes contingentes de população dos países ocupados. Durante a Guerra existiram vários campos de concentração e dezenas de “campos de trabalho”. Em todos eles, os prisioneiros eram submetidos à brutalidade. Devido às torturas, jornadas de trabalhos forçados de onze horas diárias, alimentação insuficiente e doenças, a taxa de mortalidade entre os prisioneiros era altíssima. Naquele lugar toda crueldade, toda bestialidade e aberração, toda atrocidade e todos os horrores transformavam o lugar em um verdadeiro inferno. Contínuas mortes por doenças e por inanição, frio e infecções. Além disso, o pelotão de fuzilamento assassinava dezenas de presos de uma vez só em um paredão. Friamente calculado, o extermínio dos judeus no campo obedecia a um plano preconcebido.
Comprova-se que Auschwitz é a personificação das atrocidades do século XX. Representava o lugar onde se colocava em prática nos mais mínimos detalhes o genocídio planificado e organizado pelos nazistas. Quando os prisioneiros chegavam no campo, os guardas selecionavam aqueles que pareciam mais fortes para trabalhar forçosamente, em regime praticamente escravo. A esses que sobreviviam à seleção, a expectativa de vida era de poucos meses. Além dos constantes fuzilamentos, muitos morriam devido às terríveis condições de vida dentro do campo, principalmente por causa da desnutrição e das doenças. O resto – crianças, velhos, doentes –, que compunha a grande maioria, era enviado diretamente para uma das quatro câmaras de gás de Auschwitz, que podiam comportar milhares de pessoas ao mesmo tempo. Para evitar o pânico, informava-se às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfetante. A câmara de gás inclusive tinha tubulações para duchas, embora nunca tivessem sido conectadas com o serviço de água.
Os nazistas ordenavam as vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente as poderiam recuperar ao final do tratamento, de maneira que deviam recordar o número da localização de seus pertences. Na verdade, qualquer objeto de valor era confiscado. Uma vez selada a entrada, descarregava-se o agente tóxico Zyklon B, um pesticida à base de ácido cianídrico utilizado inicialmente para matar piolhos, pelas aberturas no teto ou por janelas especiais. Quando em contato com o ar o Zyklon B desenvolve gases que matam em questão de minutos. Logo depois, os corpos eram levados a uma sala de fornos anexa onde eram cremados. Em Auschwitz, os nazistas também empreenderam uma série de experimentos médicos sobre os prisioneiros, incluindo as crianças. Muitos morreram nessas experiências “pseudocientíficas”, que em muitos casos incluíam a exposição prolongada ao calor e ao frio e a esterilização forçada. Eram realizados diversos tipos de intervenções cirúrgicas, experimentos com raio X e medicamentos.
Embasado na prática dessas experiências desumanas, pode-se concluir que milhares de vítimas foram esterilizadas e como conseqüência sofreram nefastos efeitos físicos e mentais, consolidando com isso, um cenário horrendo e dissipador da dignidade da pessoa humana.


Heriomilton Benício

A Historiografia “Mundial” e o Holocausto





Geralmente, quando escutamos ou falamos a palavra holocausto, nos vem à cabeça o massacre sofrido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O genocídio/etnocídio, ou pelo menos a tentativa destes, envolvera a morte de seis milhões de semitas no continente europeu, entre os anos de 1939 e 1945. Mas, por que a historiografia “mundial” adotara com tanta força este fato histórico, em detrimento de outros massacres ocorridos durante esta mesma Guerra? Não se sabe bem ao “certo”, mesmo porque a História é a Ciência/Filosofia das Verdades. Por esse motivo, exploraremos a seguir ao menos três possíveis justificativas para tal escolha dos historiadores.
A primeira pode está ligada ao passado histórico do judaísmo na Europa, à formação da identidade do povo judeu desde a Diáspora em 70 d.C., quando pressionado pelos romanos, é expulso da região da Palestina e se estala em várias partes do mundo, principalmente no território que vem a ser a Europa hoje. É que desde aquele momento, a conservação e a consolidação daquela identidade ficaram atreladas à sobrevivência das tradições e cultura judaicas, sob os aspectos lingüístico, religioso e dos costumes do cotidiano. Alguns dos maiores intelectuais europeus que fincaram teorias na História e nas outras Ciências Sociais da contemporaneidade eram judeus, como por exemplo, Karl Marx, Norbert Elias e Hannah Arendt. Assim, a causa histórica judaica fora didaticamente desenvolvida, juntamente com a análise do genocídio vivido por esses teóricos antes, durante e no pós-guerra.
A segunda justificativa, certamente passa pela análise conjuntural dos lados que obtiveram “êxito” no fim da Guerra - Estados Unidos e União Soviética. A Guerra Fria (1945-1991) era um campeonato de pontos corridos, onde as duas potências precisariam delegar poderes, distribuírem gracejos generosos entre os seus aliados e espionar o desenvolvimento do inimigo. Os E.U.A., estrategicamente, fincam base nos países do Oriente Médio, não tão confiáveis assim. Neste caso, para manter um ponto de estratégico de espionagem e ao mesmo tempo agradar um possível aliado, os ianques fazem fundar o Estado de Israel, desfeito desde à Diáspora, e de quebra, ganham um posto confiável de observação. No entanto, teria que enfrentar a ira implacável da etnia árabe palestina, grupo que habitava aquele território, agora dividido para dar lugar ao Estado de Israel – “ao povo que mais sofreu” durante o Segundo maior conflito armado mundial. Explica-se, então, que a historiografia mundial tenha sido, se não tendenciosa, mas conivente com a iniciativa dos E.U.A. quando adotara com muita força o exemplo genocida judaico. Aqui, é propício ressaltar, que 22 milhões de russos morreram e que outros milhões, de outras etnias também tiveram suas vidas ceifadas, vítimas das ideologias disseminadas pelas potências do Eixo e dos Aliados.
E como terceiro ponto correlato à questão do uso pragmático do holocausto pela historiografia mundial, está a sutil mensagem de que a democracia é o caminho mais eficaz para trazer a felicidade à humanidade. A corrente capitalista, protagonizada pelos E.U.A. e pelo bloco europeu ocidental, enfatizara o exemplo judaico para mostrar que qualquer outra doutrina político-econômica e social traria desarmonia ao mundo e, que era necessário, ajustar o mundo às forças da liberdade capitalista. Por isso, didaticamente, ficara interpretado que os E.U.A. e sua ideologia capitalista-democrática eram os mocinhos e as demais estavam condenadas ao fim. Prova disso, foi o processo de criação da ONU e do Estado de Israel – uma imposição dos Estados Unidos, nos moldes do modelo ocidental de liberdade e participação dos trabalhadores.
É claro que com essa postagem, não estamos querendo diminuir o peso do fato histórico Holocausto, mas ponderar verdades a cerca das construções historiográficas expostas pelos pesquisadores imbuídos neste mister.

Por Paulo Eduardo

A ORIGEM DE UM TERROR DESUMANO


Inspirados pelas “experiências" adquiridas em 1940 e 1941, quando a eutanásia fora praticada com doentes mentais, os nazistas aperfeiçoaram novos métodos de extermínio através do ácido prússio, em grandes câmaras de gás. Cada uma delas capaz de reunir mais de 2000 pessoas.
Bernburg uma pequena cidade próxima de Berlim, ficaria na história a partir do experimento desumano. No prédio onde funcionava um hospital psiquiátrico; o qual ficou a disposição do Reich, seria na verdade uma camuflagem para esconder atividades ali realizadas sob a direção do médico Irmfriend Eberl e sua enfermeira chefe Kathe Hackbarth.
No subsolo do hospital foram construídos amplos cômodos com paredes e chão revestidos de azulejo branco, e de cujo teto; pendiam chuveiros. Davam a impressão de banheiros coletivos, porém ali, seria testado mais uma invenção do nazismo; a primeira câmara de execução em massa através de asfixia por gás venenoso.
E que ironia... Um grupo de pilotos alemães a serviço da Espanha, tendo desobedecido às ordens do comando, foram devolvidos para a Alemanha como desertores! Sim, foram eles os "cobaias”, para o experimento que funcionou com sucesso! Sem tiros, sem sangue, sem gritos, os pilotos alemães foram executados. Naquela tarde um rolo de fumaça negra saiu das chaminés do hospital.
E foi o sucesso do experimento que levou o Reich a montar na Alemanha e por todos os territórios que conquistaram, campos de extermínio idênticos, sobretudo onde a população judaica era maior. Deprimente? Mas infelizmente foi real, um plano perfeito em prol de um idealismo perverso, que em sua concepção agiam corretamente.


Por Francilene Barbosa

Três Aspectos do Holocausto




Após a Primeira Guerra Mundial, tem inicio a Alemanha o terceiro “Reich” com a ascensão de Hitler ao poder, nos primeiros anos da década de 30 do século passado. O cenário era o de uma Alemanha derrotada na primeira guerra, donde lhe foram impostas condições humilhantes que acarretavam ônus de toda ordem, inclusive aos brios da população.
Hitler assume paulatinamente ao poder, tornando-se presidente do Reith (chefe de estado), Chanceler do Reith (chefe de governo) e Führer (chefe do partido nazista). Instala-se a ditadura.
Inicia-se a política de engrandecimento do país e do povo alemão, acentado num discurso ideológico de uma superioridade racial ariana sobre as demais raças (impuras). Voltando se o preconceito discriminatório contra os judeus, negros, ciganos e etc.
Tem inicio o “Holocausto”, o assassinato em massa dos judeus, considerados os principais inimigos raciais dos alemães.
O pensamento ideológico nazista carregava-se do racismo, racismo esse de pensamento pseudocientífico baseado numa hierarquização de raças que contagiou a Hitler e a toda uma geração.
Contra os judeus, segundo o nazismo, também contava o fato de serem um povo com facilidade para acumular fortuna, gerando uma riqueza que se concentrava em suas mãos fazendo-os uma raça com predominância econômica nos países.
O racismo contra os judeus é denominado de anti-semitismo, um preconceito baseado em falsas teorias biológicas, uma das bases fundamentais do nazismo.
O Nazismo estendia seu ódio e preconceito também voltado contra o comunismo, por considerá-lo anti-nacionalista e de conseqüência da degeneração causada pelo “perigoso” intelectualismo judaico.
Quanto a questão racista, os nazistas consideravam o povo alemão uma raça superior, pura, por isso durante a segunda guerra promoviam o que eles chamavam de “limpeza étnica” com o assassinato e extermínio das “raças inimigas”.
Outra política de guerra nazista foi a instituição de trabalho forçado ou trabalho escravo, geralmente as vitimas eram judeus situados em guetos ou campos de concentração.
Também foram condenados a esta situação, milhões de trabalhadores da União Soviética.
Estes trabalhos, geralmente eram em órgãos governamentais ou em fábricas, principalmente bélicas. Também havia o trabalho pesado em pedreiras, por exemplo, e muitos trabalhavam até a morte. Este tipo de trabalho tornou-se condição de vida para muitos, visto que; quem não prestava mais para o trabalho, era assassinado.

Por Caio Brasil


A legitimação de interesses em uma luta pode justificar a destruição sem complacência de pessoas inocentes.


A ideologia nazista que ascendia no final do século XIX e inicio do século XX, irá ficar marcada na História da humanidade, por ter sido responsável pelas perseguições realizadas as minorias étnico-religiosas, deficientes, homossexuais e opositores políticos do regime, através de um extermínio sistemático.
A divulgação de idéias racistas e a posterior noção distorcida sobre o “Darwinismo Social” foram abraçadas por propagandistas alemães que pregavam defender sua cultura e seus valores mantendo-se “racialmente puros”. Dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros, Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes, Darwin não aponta o individuo mais adaptado ao ambiente como superior, esta adaptação apenas o permiti uma maior reprodução e conquista pelo alimento.
Esta idéia infelizmente foi transformada para justificar as ações de dominação do povo Alemão, colocando-se como os principais responsáveis pelo controle do mundo. O intitulado ensaio A Desigualdades das Raças Humanas, Arthur de Gobineau (1816-1882), propunha essa teoria onde afirmava a superioridade da “raça nórdica” sobre todas as “raças” humanas.
Inicia-se então uma política de extermínio das massas consideradas inferiores, a perseguição aos judeus se de forma implacável, os judeus tiveram que usar a imagem da estrela de Davi no braço para serem facilmente identificados, seus bens foram confiscados, lhes tiraram os seus direitos de cidadãos, Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), sinagogas foram destruídas e judeus do sexo do masculino foram enviados para campos de concentração.
De fato se sabe que a ideologia da raça ariana, apresentava profundas contradições, pois o ódio racial nazista foi apenas um pretexto utilizado para tornar os judeus em bode expiatório. O que na verdade Tudo aquilo que representava um entrave no caminho do poder era considerado “judeu” pelos nazistas. Tornando o racismo um meio político para chegar ao seu fim, resultando na morte de milhares de Judeus.
"A ideologia é uma forma de assegurar e manter e exploração econômica, a desigualdade social e a dominação política".
Marilena Chauí

Por Meiriele Soares